ÁGUA MOLE EM PEDRA DURA
Tanto bate até que cansa, isso mesmo, principalmente para quem é como eu; as vezes água, as vezes pedra. Devo admitir que cansei, não vale a pena essa resistência, nem sei dizer se um dia valeu. A juventude tem essa entrega, pouco importa o resultado, mas até a juventude passou.
A luta por valores coletivo parece ter sido derrotada, os interesses pessoais sobrepõe. Na verdade deve ter sido assim a vida inteira, apenas enxergo agora. Os governos atuam sempre da mesma forma, são grupos que se organizam para tomar o poder, alcançando os objetivos, é rateado o poder de acordo com a ganância de cada um. Nem no próprio grupo existe honestidade, tem sempre aqueles que ficam com a melhor fatia.
Mudam as estratégias, mas os interesses parecem o mesmo, houve um tempo na história da humanidade que a única forma de ascensão social era o sujeito ingressar no exército. Esse exército era grupo de marginais sequiosos, que matavam ou escravizavam um povo mais fraco, roubando tudo que estes possuíam. Depois dividiam os bens entre si, era o espólio da guerra, os mais perversos eram agraciados, de maneira que aquilo estimulasse os membros do grupo.
Era um tempo primitivo, o mesmo primitivismo que vive a cultura do estado do Maranhão, sem se distanciar muito do que ocorre em todo país, graças a atuação dos gestores; Sempre buscando favorecer àqueles ligados a seu grupo. Parece que aqui podemos tomar os yanomamis como exemplo: morrendo de fome pisando em cima do ouro. Temos esse ouro cultural, mas o que está sendo oferecido para consumo tem nos matado de inanidade.
Não existe uma política verdadeira para mudar essa realidade, também não existe outra maneira da sociedade evoluir sem ser coletiva. Por mais que as propagandas governamentais insistam em nos mostrar belos resultados, estamos tropeçando nos descasos. Como tudo isso causa desconforto àqueles que tentam viver o coletivo, venceu os interesses pessoais. Embora saibamos que a paz só se estabelece coletiva o resto é campo minado.
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