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GERAÇÃO DE OURO?!...

Autor: Zeca Tocantins

02/02/2024 às 10h21 Atualizada em 02/02/2024 às 10h32
Por: Redação Fonte: Zeca Tocantins
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imagem meramente ilustrativa
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GERAÇÃO DE OURO?!...

       Circula nas redes sociais um vídeo que já me enviaram dezenas de vezes dizendo que "somos a geração de ouro" daquelas décadas. Não concordo por entender que somos os pais e até avós dessa nova geração, portanto, somos os responsáveis pela sua existência que estamos a condenar. É provável que erramos na sua criação, nós, não eles. Queríamos ser diferentes de nossos pais, queríamos ser amigos de nossos filhos. Com isso acabamos abandonando nossa condição de país, os pais dão broncas nos filhos sim, eles sabem quando estes pegaram o caminho errado, os amigos não. Mesmo que estas broncas criem arestas na convivência, mas esta é uma obrigação dos pais, entre outras, claro.

       Havia em nós o desejo de ser diferentes, nossos filhos teriam a liberdade que não tivemos, comeria o que de melhor fosse servido a mesa, vestiria a melhor roupa. Ou seja, eles teriam tudo o que não tivemos, e mais, não precisavam trabalhar. As próprias leis impedem hoje menores no trabalho, algo tão comum no nosso tempo. A primeira herança herdada dos pais era a profissão. Mas nós queríamos a nossos filhos toda liberdade do mundo...

        Não fomos pai, nem mãe, fomos amigos, e deixamos o espaço de pais desocupado, tão importante na criação. Foi aí que a locomotiva começou a desprender-se do eixo, a falta de disciplina, o desrespeito, a falta de compreensão. Lembro ter flagrado minha mãe por trás da porta chorando depois de ter me dado umas lapadas. Essa disciplina era função das mães, poucas vezes nossos pais nos batiam, só quando viam que a mãe estava perdendo sua autoridade. 
         Os meninos de hoje crescem sem conhecer regras, podem chegar qualquer hora, sair com quem quiser... bênção é uma coisa careta, passado. Diálogo não existe, os poucos nos colocava a altura deles, nunca como pai e filho. De onde era possível a autoridade de pai guiá-los por um melhor caminho.

         Nossa ancestralidade, raízes que sustentam a frondosa humanidade existente, dotada de sabedoria, construiu regras de civilidade, para que pudéssemos avançar no convívio social enquanto sociedade. Estas regras não devem ser quebradas, são centenárias, milenares, e muito tem contribuído com a convivência humana. Nós queríamos ser diferente e fomos, mas quebramos muito destas regras. Foi assim que a geração de ouro perdeu a oportunidade de ter criado uma geração de pedras preciosas.

Z T.

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Zeca Tocantins
Sobre o blog/coluna
Membro da Academia Imperatrizense de Letras, produtor cultural e pedagogo, com 16 livros editados e cinco discos gravados.
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